MOINHOS DA BUFARDA
Ocorria
o dia 11/06/1978, entrava eu ao serviço da Fábrica Gráfica Bertrand &
Irmãos, Lda. no Dafundo. A receber-me no próprio gabinete que iria partilhar
com o que, viria a ser meu amigo António Alcarás, aguardava-me a jovem secretária
Ricardina, que já tinha colocado na mesa secretária, que iria ocupar todos os
materiais de que iria necessitar.
Dos
materiais, fazia parte um calendário de mesa e outro de parede, ambos com os
moinhos da Bufarda o que, desde logo achei curioso, já que eram os quatro
moinhos da aldeia onde eu nasci.
O
calendário de parede logo tratei de o enviar, precisamente, para a Bufarda,
para o meu pai. Este terá ficado ufano e logo, por curiosidade o mostrou ao
Joaquim Nau, o qual o pediu insistentemente, pelo que o pai lho ofereceu. Em
jeito de troca, aquele lhe ofereceu a módica quantia de 2$50.
Tudo
certo, mais tarde e por acaso encontrei o artista, fotógrafo da televisão, que
fez parte de uma equipa da televisão que andou por Peniche, pelo concelho, a
colher imagens para um documentário na RTP.
Pelo
que passou pela Bufarda e sendo também detentor da Editora Francisco Mas, no âmbito
desta, fornecia slides para ilustrações, como achou importante o conjunto dos
quatro moinhos em correnteza da nossa Bufarda e decidiu fazer slides do
conjunto.
Foi
assim que um exemplar foi escolhido, para ilustrar o calendário de 1969.
Como
trabalhamos no mesmo meio, conhecíamos algumas pessoas em comum, ali
conversamos sobre elas.
Como
as “conversas são como as cerejas”, continuamos na conversa, o meu interlocutor
mostrou-se encantado com as pessoas da Bufarda, que presentearam a equipa com
um lanche chouriço assado e águapé.
A
ilustração é uma das folhas do citado calendário, andava pela encadernação. Guardei
e guardada a mantenho, como mantenho bastantes livros que coordenei.
Bastantes,
têm dedicatória dos seus autores com quem acompanhei as obras. Alguns que, já
faleceram, ficaram bons amigos.
Daniel
Costa
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