sexta-feira, 29 de março de 2019

RECORDAÇÃO DA BUFARDA


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RECORDAÇÃO DA BUFARDA

Sendo eu natural da Bufarda, Atouguia da Baleia, Peniche, embora recorde muito e bastante, tenha escrito bastante sobre a minha aldeia, no meu Blogee, MUNDO E VIDA com a ideia, até de vir a publicar em livro para que estou a fazer selecção noutro Blogge – CONTEMPORÂREO DO FUTURO (o que virá a ser o título do livro       http://danielcosta38.blogspot.com/2019/ a Bufarda e os poucos naturais, como o meu cunhado Gil, o seus filhos, meus sobrinhos, o meus primo Herculano, a minha prima Luisa Lúcio,as minhas primas Manuela Ramos, Felisbela Ferreira e Anabela-  Lúcio o José Pinheiro (o Zé Pedro, dos meu anos 50), para mim um ídolo então devido á boa vizinhança, nos serões, nas nossas noites das dormidas nas eiras, sitas onde hoje tem lugar a Feira da Bufarda, no terceiro Domingo de cada mês; do José Jorge, etc.
Por nada que tenha a ver com a apreciável Bufada, só gosto de Lisboa. Contarei porquê depois, se o vier a entender: Pelo ineditismo de fazer estarrecer, depois de fazer oitenta anos. De resto, no fundo eu apenas gosto de escrever o agradável da vida, como eterno romântico que sou: poeta autor de cerca de 2.000 poemas. É assim: nos fim do anos 50, qualquer ciclista passou a ter de ser encartado, e no concelho de Peniche, passou a haver exames, por um fulano alcunhado de Chico pipi, que chumbava a maioria dos candidatos, como a mim aconteceu, na primeira vez, a única vez nos bastantes exames que vim a fazer depois. Até no exame de condução automóvel passei à primeira vez.
Vi onde tinha falhado (o Chico pipi era muito previsível) e fiquei ciente que na segunda passaria. Assim aconteceu e sendo eu então a passar, entre alguns, até a repetir pela terceira vez.
Tanto bastou para ser abordado por todos, então reunimos num banco do jardim e lá expliquei, como era preciso responder à inevitável pergunta: “numa rotunda encontram-se – um ciclista, um automobilista e um camionista, qual tem a prioridade?”
A resposta é muito simples: o que que se encontra à direita.
Dias após eu ter passado, o ora já há muito falecido Luis Mota, abordou-me: pá tens de fazer exame por mim, escusei-me dizendo ser uma fraude, além de continuava o ter hipótese de não passar e ele insistindo, que me pagava o dia etc.
Ate que aceitei, e como é evidente o Luis ficou logo encartado de ciclista.
Agora o engraçado: eu não levara bicicleta, porque estava ainda a esperar o documento da câmara: depois de passar, tal era já o vício do Chico pipi de dar mais um chumbo:
- Disse e agora como eu sei que o senhor sabe andar de bicicleta?
Eis a tirada ironica!...

Daniel Costa

quarta-feira, 27 de março de 2019

DESTAQUE LITERÁRIO 2019


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DESTAQUE LITERÁRIO 2019

Eis que chegou a informação deste Prémio: Destaque Literário 2019, com que a LITERARTE – Associação Internacional de Escritores e Artistas, com sede no Brasil, me distingue em 9 de Maio, em Odivelas emSessão do seu núcleo de Lisboa.
Lá estarei pois.

Daniel Costa

terça-feira, 26 de março de 2019

PODE PARARECER CONTO DAS MIL E UMA NOITE


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PODE PARECER CONTO DAS MIL E UMA NOITE

Fora trabalhador da agricultura, quiçá jornaleiro até 1964, altura em deixei definitivamente a Bufarda, freguesia de Atouguia da Baleia, concelho de Peniche.
Em 1968, já eu era chefe de escritório em Lisboa, na Fotogravura União de cerca de 40, empregados.
Já atingira o ordenado de 3.200$00 o que para a época, mesmo em Lisboa era um bom ordenado.
Pelo que em carta enviada a candidatar-me a novo emprego, pedia 3.300$00, uma subida de apenas 100$00. Subida de ordenado de certo modo importante, para a época.
A empresa era a Bertrand & Irmãos, (não confundir com a livraria Bertrand) então já famosa no meio gráfico, com sede na Trav. Condessa do Rio, Lisboa, mas já a laborar no Dafundo.
Escrutinado e chamado a ser ouvido, lá fui ao Dafundo. Ali fui logo atendido pelo futuro examinador, que de imediato me levou ao Presidente de Administração, este inteirado, cabalmente, das minhas funções exultou (foi o termo).
A partir daí voltei ao gabinete do examinador, onde para não faltar mais umas horas ao trabalho, ficou assente prestar provas no Domingo próximo.
Após a prestação de provas:
- Foi-me dito o Senhor, na carta que escreveu, foi muito lacónico!...
Resposta:
- Pelo que vi no anúncio, achei por bem apenas sintetizar o que julguei serem as minhas aptidões para preencher o lugar. De resto aqui tenho estado à disposição para acrescentar o que for necessário.
- O Senhor também foi muito modesto, pediu 3.300$00 e os seus colegas de departamento, ganham 6.000$00. De modo que a Administração decidiu atribuir-lhe 4.000$00 mensais e assim vai estar 3 meses, pelo que então passará a igualar os colegas.
Assim foi, em pouco tempo passei a 6.000$00 mensais.
Sendo que logo no mês de Março seguinte, recebi mais o equivalente a uma mensalidade, de participação nos lucros da empresa.

Daniel Costa


sábado, 23 de março de 2019

PIONEIROS XXI - II


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PIONEIROS XXI - II

Saiu mais um número do jornal PIONEIROS XXI, afecto à UNISBEN,, Universidade Sénior que frequento, colaborando no jornal. Desta vez, além de poema, já saído aqui publiquei um pequena entrevista com Dona Tila, vejam.

Daniel Costa

quarta-feira, 13 de março de 2019

BUFARDA, ATOUGUIA DA BALEIA, PENICHE


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BUFARDA, ATOUGUIA  DA  BALEIA , PENICHE

Estávamos em 1956, na Terça-Feira a seguir a dia da festa de Nossa Senhora do Rosário orago padroeira, entidade a que, mais uma vez, o povo dedicara um grandiosa festa, na sequência das tradicionais festividades anuais.
Para quem já não recorde, era de praxe a festa da Senhora do Rosário, ser sempre das mais luzidas do concelho, aparte a da Senhora da Boa Viagem em Peniche.
Pontanto era lógico que, tendo aparecido o fenómeno musical, incarnado numa orquestra, tendo como base uma família de músicos, da Vieira de Leiria, a mesma fosse contratada para o segundo dia da festa. O custo proibitivo para a época, na Bufarda aliciava mais ainda.
Nesse ano, toda a Rua (hoje da Senhora do Rosário) se encheu de gente, pelo menos, a gente nova do concelho, encheu o recinto, até longe. O quintal, hoje do Gil, do meu pai encheu-se de bicicletas dado que era aberto.
A orquestra composta por sete músicos era transportada um por um grande automóvel, de cor café com leite, era conduzido músico pai.
A vocalista, uma voz maravilhosa de encantar, não pertencia à família. Também maravilhosa era a voz da violinista. No entanto apenas cantava uma canção de título:

– MARIANA = “MARIANA LÁ DA SERRA / NÃO DEIXES A TUA TERRA / PARA SERES AMERICANA… DEIXA O MARUJO IR À VELA … TEM CAUTELA / Ó MARIANA … “

Se bem me lembro, o grupo musical ainda veio `a Bufarda em 1957, porém eu nesse ano estava em Miragaia e não estive na Segunda-Feira da festa.
A orquestra foi efémera e segundo creio firmemente, no concelho de Peniche, devido ao preço da sua contratação, só esteve na Atouguia da Baleia, na Serra de El Rei, além da Bufada.
Atentai bem - Curioso como ainda sou: na Terça-Feira da festa, escutei o Falecido mordomo João Faria, a contar a aventura do custo da contratação:
- Vinte e sete notas (sic); depois o músico ofereceu uma nota de “esmola” para a festa da Senhora do Rosário.
Para os mais novos se situarem, de 100$00 dizia-se uma nota.
Ainda para nos situarmos, comprava-se uma junta de bois por, entre 18 e 19 notas.

Daniel Costa