quinta-feira, 6 de março de 2014

POEMA MAR DA PRAIA DA AREIA BRANCA





MAR DA PRAIA DA AREIA BRANCA   

Ao amor se abria a tranca
Na antiga povoação da Charrua
Mar da Praia da Areia Branca
Mar muito beijado pela lua
A doçura é tanta
Está no peito como a côngrua
Onde a canção da terra, foi alavanca
Senhora do Mar, a formosura ali é tua
Onde dum dandy (?!), o sonho foi aliança
Para o poeta sonho de Verão, como do Tejo falua
Recordação; esperança, faiança!
À vista daquele mar a vida me acenou como mulher seminua
Oh feliz lembrança!
Dos meus dezassete anos, nada de grua
Ajudei a construir, fazendo subir o tijolo à formiga, sem tardança
Aprendizagem para um novo mundo sem gazua
Para o mundo, sem parança,
Bendito mar, bendita antiga Charrua
Benditas “sopeiras”, Marias que do amor… Deixaram lembrança
 Mulheres airosas e sobranceiras, dum mundo de Rua crua
A provocar audaz esperança
Regressando à horta, com afagos a construía… A vida continua!
Senhora do Mar, tudo era desejo de abastança
Desejos de agarrar, todo o luar da lua
Um mundo novo, estatuto, de liderança
Testemunhado pelo mar, sonhava o mundo com sol na rua
O mar e a eterna bonança
A vida é de todo mundo, sussurra o marulhar – Não é minha, nem tua
Mar da Praia da Areia Branca! 

Daniel Costa

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