quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

POEMA MAR DA NAZARÉ


 
 MAR DA NAZARÉ

Remando a favor da maré
Conforme o baloiçar do mar
Mar da Nazaré
Senhora do Mar, com ela ao luar
Viajei ao Sitio, mais acima olaré
Onde Dom Fuas Roupinho a cavalgar
Sendo Alcaide de Porto Mós, terra da ré
Nos primórdios da nacionalidade, ia tombar
As duas patas dianteiras do cavalo, já estavam a mercê
Dom Fuas pediu a intercessão sem vacilar
Foi atendido, havia uma gruta com a Senhora da Nazaré
Um rei cristão depois de vencido, sem oscilar
Se disfarçou de mendigo, com o frade D. Rodrigo sem banzé
Fugiram para aquele litoral, por terra, para não naufragar
D. Rodrigo se afastou, para perto, outra gare
O frade se fez ermitão, fazendo da gruta o seu lugar
Fez lugar de fé de cada hectare
Vinham da Nazaré da Galileia, o ermitão, a quis recordar
Reservou o lugar, para mais tarde haver fé em novo mar
Dom Fuas dali fez do Sítio lugar
Verdeiro altar a resplandecer de fé… Maria - Avé!
Pescadores, já no século passado, foram vindo do norte ali acampar
Construíram o seu porto, o porto e a verdadeira vila da Nazaré
Cerca de cem metros abaixo onde Dom Fuas veados vinha caçar
De onde se olha a praia, e o espraiar da maré
Senhora do Mar!
Mar da Nazaré,
Onde até a sardinha vivinha vinha saltar
Mar da Nazaré!

Daniel Costa

1 comentário:

  1. Belas lembranças que o inspiram a construir seus poemas. E que fazem parte de sua história de vida. Bjs.

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