quinta-feira, 29 de maio de 2014

POEMA MAR DA PRAIA DE ODEMIRA




MAR DAS PRAIAS DE ODEMIRA    

Poderá ser brejeira
Porque é na costa alentejana
Mar das Praias de Odemira
A fazer recordar a balzaquiana
Senhora do Mar; repara bem na foz do Mira!
O rio que ali desagua a tecer filigrana,
Como que a fazer içar a sua bandeira
Verde, como o que das suas margens emana,
Na passagem da ponte, que dá a uma ladeira,
 A prender a atenção, a imaginar o nirvana,
A atenção na condução se pode tornar fagueira
 Para que não se torne insana
Mirando a beleza do vale e da foz; deixemos a matreira,
Senhora do Mar; acho por bem guardar a gana
Disfrutarei tudo de outra maneira,
Assim ali tive mergulhos de gincana,
Passeios para lá da falésia, sem canseira,
Depois regressava com sentido na moreia - Bacana,
 Ao cheiro do seu estalar na frigideira
O peixe comprido e feio, com sabor de gritar: hossana!
Mar das Praias de Odemira,
A banhar a costa alentejana!
Tendo a ali o belo, a sua safira,
Depois de uma planície de acalmia tirana,
Mar das Praias de Odemira!

Daniel Costa

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