quarta-feira, 13 de março de 2019

BUFARDA, ATOUGUIA DA BALEIA, PENICHE


A imagem pode conter: céu e ar livre

BUFARDA, ATOUGUIA  DA  BALEIA , PENICHE

Estávamos em 1956, na Terça-Feira a seguir a dia da festa de Nossa Senhora do Rosário orago padroeira, entidade a que, mais uma vez, o povo dedicara um grandiosa festa, na sequência das tradicionais festividades anuais.
Para quem já não recorde, era de praxe a festa da Senhora do Rosário, ser sempre das mais luzidas do concelho, aparte a da Senhora da Boa Viagem em Peniche.
Pontanto era lógico que, tendo aparecido o fenómeno musical, incarnado numa orquestra, tendo como base uma família de músicos, da Vieira de Leiria, a mesma fosse contratada para o segundo dia da festa. O custo proibitivo para a época, na Bufarda aliciava mais ainda.
Nesse ano, toda a Rua (hoje da Senhora do Rosário) se encheu de gente, pelo menos, a gente nova do concelho, encheu o recinto, até longe. O quintal, hoje do Gil, do meu pai encheu-se de bicicletas dado que era aberto.
A orquestra composta por sete músicos era transportada um por um grande automóvel, de cor café com leite, era conduzido músico pai.
A vocalista, uma voz maravilhosa de encantar, não pertencia à família. Também maravilhosa era a voz da violinista. No entanto apenas cantava uma canção de título:

– MARIANA = “MARIANA LÁ DA SERRA / NÃO DEIXES A TUA TERRA / PARA SERES AMERICANA… DEIXA O MARUJO IR À VELA … TEM CAUTELA / Ó MARIANA … “

Se bem me lembro, o grupo musical ainda veio `a Bufarda em 1957, porém eu nesse ano estava em Miragaia e não estive na Segunda-Feira da festa.
A orquestra foi efémera e segundo creio firmemente, no concelho de Peniche, devido ao preço da sua contratação, só esteve na Atouguia da Baleia, na Serra de El Rei, além da Bufada.
Atentai bem - Curioso como ainda sou: na Terça-Feira da festa, escutei o Falecido mordomo João Faria, a contar a aventura do custo da contratação:
- Vinte e sete notas (sic); depois o músico ofereceu uma nota de “esmola” para a festa da Senhora do Rosário.
Para os mais novos se situarem, de 100$00 dizia-se uma nota.
Ainda para nos situarmos, comprava-se uma junta de bois por, entre 18 e 19 notas.

Daniel Costa











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