terça-feira, 15 de julho de 2014

POEMA MAR DA SERRA DE DEL'REY







MAR DA PRAIA DE DEL’REY

Sempre sorrirei
Ter nascido e vivido num monte
Mar da Praia de Del’Rey
Sempre via a Serra no horizonte
De antigas glórias, hoje sei
Do meu quintal, defronte
Observava a mansão da Serra Del’Rei,
A mansão amuralhada como diamante
Senhora do Mar; sabes da grei?
Da figura que foi linda mulher amante?
Do príncipe D. Pedro que viria a ser Rei
Antecedeu-o seu pai D. Afonso IV, dele discordante
Mar da Praia de Del’Rey
Praia rodeada de bons coutos de caça; adjacente
Eu próprio vislumbrei!
Senhora do Mar; tudo muito convincente
D. Inês de Castro em jeito de astro rei
A heroína do amor, em Portugal, abarcante
Quantas histórias marcam a Serra? Contar, jamais saberei!
Desde a prebenda, vivificante
De D. Afonso da primeira dinastia, nosso rei
Da pouco citada, ali a vida real itinerante,
De D. Inês de Castro, que morou na Serra de Del’Rei
Século XIII, quando Gualdim País a tornara mareante
Figurou sempre na história, da Quinta das Lágrimas, estudei:
- O seu martírio, do amor marcante!
Depois de morta, tornada rainha, pelo que seu amante aclamado rei!
Rainha póstuma, cuja história ficou vivificante!
Nas suas sepulturas, ver desejarei!
No dia do Juízo final, se erguerão, bis-à-bis atuante
Do mais famoso amor de Portugal, depois de séculos, meu Frei!
Do Mosteiro de Alcobaça, governante!
Da cidade de Peniche - Serra, de El’Rei!
Em tudo diferente: Mar da Praia de Del’Rey!
Porém algo menos conhecido dos amores de Pedro e Inês, revelei! 

Daniel Costa

 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

POEMA MAR DAS PRAIAS DE CABO FRIO


 
 
MAR DAS PRAIAS DE CABO FRIO  

Imaginei ter férias de compadrio
No outro lado do atlântico
Mar das Praias Cabo Frio
Mundo do Brasil quiromântico,
Do espaço ameríndio
Senhora do Mar; falo do romântico
Cerca de seis mil anos, dos nómadas de brio!
Ali aportarem no espaço labiríntico
Quem sabe onde e quando estreitou o rio?
De quantas gerações é o cântico?
Mar das Praias de Cabo Frio,
Cidade de amor semântico
De praias, das de mais enleio
Em face dos brancos areais, analítico
Senhora do Mar; tudo é luzidio
Sol, mar, praias, a natureza a lembrar o gótico
Acrescente-se beleza, é óbvio!
Como não gostar do exótico?
Mar das Praias de Cabo Frio! 

Daniel Costa
  

sábado, 12 de julho de 2014

POEMA MAR DA PRAIA DE QUARTEIRA



 
 
MAR DA PRAIA DA QUARTEIRA 


Sonhei viajar numa canhoeira
Tinha passado ao largo de Faro
Mar da Praia da Quarteira
Cidade ampla; como amparo
Ambas tendo com o mar fronteira
Mundo admirado, sem reparo,
Pela legião estrangeira
Areal de dois quilómetros, píncaro
De praia lagosteira
De mariscos bivalves sem reparo!
Cardápio de restaurantes, como feira
Senhora do Mar; há manjar opíparo!
Depois de sossegar na esteira
Depois de no mar adentrar, tão caro
Ser bafejado com serenidade de albufeira
Num mar tão apetecível e claro
Mar da Praia da Quarteira
Mar de luz areal; reluzente, raro!
Senhora do Mar, perto a alfarrobeira,
O campo, a sombra; aro!
Mar da Praia da Quarteira
Perto do internacional aeroporto de Faro! 


Daniel Costa

quinta-feira, 10 de julho de 2014

POEMA MAR DA PRAIA REDONDA



 
MAR DA PRAIA REDONDA 


É elegante o balançar da onda
Junto a Póvoa de Varzim
Mar da Praia Redonda
O poeta balançando, feito pinguim
Recordando Jane Fonda
Senhora do Mar, a maresia me fez assim
Em jeito de quem contrabanda
Designação popular… Dos Banhos, como clarim
Praia Redonda, maré fecunda!
Patenteias a enseada, como bandolim
Praia de areia doirada; comanda
Junto ao porto de pesca, é Arlequim!
Tornaram histórica aquela banda
Os habitantes do Minho, no seu latim
O Cego do Maio, o salvador de bravura profunda?
 Um deus, redentor, a salvar pescadores sempre afim,
Senhora do Mar; me dizei, donde a sua fé foi oriunda!
Esse símbolo da estatuária da Póvoa de Varzim
Mar da Praia Redonda
Do turismo nortenho patim
Mar da Praia Redonda!


Daniel Costa

terça-feira, 8 de julho de 2014

POEMA MAR DA PRAIA DO MINDELO





MAR DA PRAIA DO MINDELO 

Sempre imagino com desvelo
Sou poeta trabalhador
Mar da Praia do Mindelo
Aprendia a ler e a escrevinhador
Aconteceu com desvelo
Senhora do Mar; seria adivinhador?
Alô Vila do Conde! Cidade do Mindelo
De rendas de bilros, era informador
Das de trança de três bilros, não sabia do elo
Dessa virtude, escrevia, ficando sabedor
De quatro, para mim era zelo
Porque a praia e o mar das rendas, me fazem falador?
Mar da Praia do Mindelo
A origem das rendas; é do ondular detentor!
Saber disso é de poucos; prelo!
É necessário haver estátuas, como meio apontador!
Senhora do Mar; que o fato não fique sem velo!
Que meu testemunho fique como valor!
O mar se passa a espraiar singelo
 Some o rendilhado da espuma na areia e atua o criador,
Esboça mais uma peça, um novo modelo!
Oh mar! Jamais deixarás de ser sedutor,
Tuas ninfas a trinar, parecem soltar som de violoncelo,
Atração, amorosa e resplendor,
Mar da Praia do Mindelo!

Daniel Costa

quarta-feira, 2 de julho de 2014

POEMA MAR DA PRAIA DE ERICEIRA


 
 
MAR DA PRAIA DA ERICEIRA 
A norte seu lajedo, sua mexilhoeira
Mar de antigas civilizações
Mar da Praia da Ericeira
Podemos ver vestígios das suas ações
No que resta da sua vetusta salgadeira
Senhora do Mar; ali senti felizes ocasiões
Até em passagem rumo à envolvente charneira
Como a vizinha Ribamar para, petisco incursões
Nas variadas gostosuras; verdadeira
Porém, tudo são gostos e opções!
Em culinária, a praia será sobranceira
Nas suas famosas variações
Mar da Praia da Ericeira
 Já os fenícios implantaram lá as suas ações
Um século antes de Cristo, ditaram, maneira
Brindaram os deuses com suas orações
Senhora do Mar; ali acabou uma monarquia verdadeira
Dava-se lugar aos republicanos corações
Aconteceu no século XX ali à beira
Na praia dos pescadores, das armações!
Portugal nunca passou da asneira,
Apesar das arribas, haver acenos, choros e emoções,
No Pais persistiu sempre a cegueira!
Ficaram sempre os vendilhões
Mar da Praia da Ericeira! 
 
Daniel Costa